Depois da aprovação emergencial para o uso das vacinas CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan com o laboratório chinês Sinovac, e AstraZeneca, desenvolvida pela Universidade de Oxford com a Fiocruz; a ciência dá mais uma notícia positiva para os brasileiros. Um estudo da USP (Universidade de São Paulo) em parceria com a Apis Flora apontou que o uso da própolis no tratamento de pacientes com covid-19 pode reduzir o tempo de internação.
O trabalho “Eficácia de própolis como tratamento adjuvante para pacientes com COVID-19 hospitalizados: um ensaio clínico randomizado e controlado” aponta a redução no tempo de permanência hospitalar de pacientes com Covid-19 que ingeriram própolis durante a internação. O resultado faz parte do ensaio clínico, que foi liderado pelo pesquisador Marcelo Silveira, que contou com 124 participantes do Hospital São Rafael em Salvador (BA). Todos os pacientes fizeram o tratamento padrão, sendo que 40 pessoas receberam 400 mg/dia de própolis; 42 receberam 800 mg/dia de própolis; e 42 não receberam própolis.
“A administração oral da substância foi segura, pois não houve eventos negativos associados ao uso. Além disso, a diminuição do tempo de internação após a intervenção foi significativa.”, conta o professor David de Jong da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP e um dos autores do estudo.
Os grupos que não receberam própolis ficaram em média 12 dias internados. Já nos pacientes em que a substância foi administrada via oral, o tempo médio de hospitalização foi de seis a sete dias.
O estudo aponta que o uso da substância pode ser promissor na interferência na expressão de TMPRSS2, que é uma proteína da superfície celular que está envolvida na entrada e disseminação do SARS-CoV-2 no corpo humano. Além disso, a substância pode interferir na ancoragem do vírus no ACE2, que é uma proteína que auxilia a entrada do vírus nas células.
“Outro ponto importante de destaque na pesquisa é que as propriedades da própolis podem ajudar a reduzir os processos inflamatórios por inibição da PAK1, que está associada a uma maior necessidade de cuidados intensivos e com altas taxas de mortalidade”, conta David.
O estudo também observou uma menor incidência de lesões renais entre os pacientes que ingeriram 800 mg por dia. O grupo de controle apresentou 23,8% de lesões, contra 4,% entre os que ingeriram a maior dosagem de própolis. As lesões renais podem ser um fator de risco para infectados pelo vírus causador da Covid-19.
De acordo com os pesquisadores, o próximo passo será a realização de um ensaio clínico duplo cego com placebo, envolvendo um grupo maior de pacientes. “Também iremos fazer análises de outros parâmetros, incluindo os anticorpos contra o vírus desenvolvidos pelo paciente. Além disso, o conhecimento adquirido através desta pesquisa abre perspectiva do uso do EPP-AF em outras doenças com potencial inflamatório”, revela David.
Apesar de tudo, é importante se lembrar de que não há comprovação científica de que o consumo de própolis previna a doença. Temos apenas alguns resultados relevantes na área relatados em modelo animal de atividade imunorreguladora e anti-inflamatória. CLIQUE AQUI e saiba mais. Por isso, mesmo que você consuma a substância regularmente, é preciso continuar tomando todos os cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde:
- evitar aglomerações;
- manter o isolamento social;
- usar máscaras;
- higienizar constantemente as mãos;
- usar álcool em gel 70%.
E claro, caso apresente os sintomas da doença, procure atendimento médico e não faça uso de nenhum medicamento ou substância natural sem orientação de um profissional da saúde.
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